Quando é indicado o uso de aparelho auditivo?
O uso de aparelho auditivo é indicado para todas as pessoas que apresentam algum grau de perda auditiva, mesmo sendo leve, que não possa ser tratada com medicamento ou cirurgia.
Eu escuto bem, só não entendo direito o que as pessoas falam. Preciso de aparelho auditivo?
Nesse caso é muito importante passar por uma avaliação auditiva. A maioria das pessoas acham que perda auditiva é sinônimo de não ouvir os sons. No entanto, em muitos casos, a pessoa com perda auditiva escuta, porém, tem dificuldades em compreender o que foi dito. Isso porque a perda auditiva inicialmente, acomete os sons da fala que são muito parecidos
Eu acho que escuto bem. Posso esperar a minha perda auditiva aumentar para começar a usar aparelho auditivo?
Não. O uso de aparelho auditivo vai muito além de você ouvir ou não. Ele é um tratamento de saúde e, como qualquer tratamento, o início não dever ser adiado. Isso porque escutamos com os ouvidos, mas, na verdade, quem ouve é o cérebro. A pessoa que tem a perda auditiva e não faz uso do aparelho auditivo está deixando de estimular o cérebro. O que gera um declínio cognitivo, aumentando assim as chances de desenvolver demências como a doença de Alzheimer.
A perda auditiva pode ser resolvida com cirurgia?
A causa e o tipo da perda auditiva irão determinar o tratamento. Caso seja uma perda auditiva decorrente de otite, por exemplo, o tratamento será medicamentoso. No caso de perda auditiva originária de uma perfuração na membrana timpânica a conduta será cirúrgica. Quando ocorre a perda auditiva do tipo sensorioneural, onde as células responsáveis pela audição morreram, o tratamento indicado, na maioria dos casos, será a adaptação do aparelho auditivo.
Usar aparelho auditivo é a mesma coisa que ter uma audição normal?
Não. Por melhor e mais moderno que seja a tecnologia do aparelho auditivo ele ainda não é capaz de se igualar à maneira como ouvimos sem o dispositivo eletrônico. Importante ressaltar que hoje as marcas investem muito em pesquisa e desenvolvimento e, por isso, são capazes de oferecer soluções auditivas muito próximas à de uma audição natural. Vale a pena testar e comprovar pessoalmente.
Por que algumas pessoas não se adaptam ao uso do aparelho auditivo?
Existe uma série de fatores que irão influenciar diretamente na adaptação ao uso do aparelho auditivo. Podemos citar:
- O tempo de privação sonora. Quanto tempo a pessoa apresenta a perda auditiva, mas, não iniciou o tratamento com a aparelho auditivo? Escutamos com os ouvidos, mas, na verdade, que ouve é o cérebro. Quanto mais tempo ele fica sem receber estímulo sonoro, maior o declínio cognitivo. Ou seja, o cérebro não consegue decodificar de maneira adequada o som após ele ser amplificado pelo aparelho auditivo. Ele perdeu a capacidade de dar sentido ao som. É o famoso: “estou escutando tudo, mas, não estou entendendo nada”
- O aparelho auditivo indicado não é o correto para a perda auditiva. A seleção e indicação do aparelho auditivo é uma parte importantíssima do tratamento. Ela leva em conta vários aspectos como tipo e grau de perda auditiva, características individuais, estilo de vida e necessidades específicas de cada pessoa.
- O aparelho auditivo não está programado de maneira adequada. O software de programação realiza um primeiro ajuste. No entanto, a expertise da fonoaudióloga e o uso de equipamento específico permite uma programação assertiva. Na SONORITÀ realizamos o MAPEAMENTO DE FALA, que é uma verificação eletroacústica do desempenho do aparelho auditivo. Isso quer dizer que somos capazes de avaliar, de maneira objetiva, a programação do aparelho auditivo e se ele está realmente amplificando de maneira correta todos os sons necessários.
- O problema não está apenas na perda auditiva, mas, também, no processamento auditivo. Nesse caso, um tratamento complementar, o TREINAMENTO AUDITIVO, se faz necessário.
- O paciente não segue o tratamento à risca. Como dito, o uso de aparelho auditivo é um tratamento de saúde e, como tal, precisa ser realizado da maneira indicada pelo fonoaudiólogo. Muitos pacientes, usam poucas horas por dia, ou em dias alternados os aparelhos auditivos. Dessa maneira, o cérebro não será capaz de se habituar aos sons que já não estavam sendo ouvidos e o tratamento não poderá evoluir.